São Paulo, sábado, 24 de dezembro de 1994
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Preços sobem 1,06% nos supermercados

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Os paulistanos que deixaram para fazer suas compras às vésperas do Natal tiveram que gastar mais. É o que mostra a pesquisa do Datafolha em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulo. Nos supermercados os reajustes médios na semana foram de 1,06%, acumulando 2,13% no mês.
Os consumidores habituados a fazer compras em hipermercados, no entanto, tiveram reajustes maiores. Os preços subiram 2,05% em média na semana. Esta é a segunda maior taxa de aumento desde a chegada do real, em julho –a maior ocorreu na segunda semana de setembro (2,55%).
O aumento médio dos preços nos supermercados e hipermercados se deve à transferência de promoções de produtos tradicionais para os artigos de Natal, diz Firmino Rodrigues Alves, da Associação Paulista de Supermercados.
Os supermercados diminuíram as promoções no arroz, feijão, farinha etc., transferindo-as para castanha, champanhe, peru etc., produtos que não entram normalmente nas pesquisas semanais de preços. Com isso, a média sobe.
A fase de reajustes mais acelerados, como previsto anteriormente pelos donos de redes de supermercados, pode não se concretizar. Os fornecedores de produtos industrializados avisaram que mexem em poucos itens.
O aumento médio desta semana nos supermercados só não foi maior porque os preços dos alimentos continuam favoráveis. Vários deles, como a carne, massas e feijão, até baixaram de preço.
A pesquisa do Datafolha mostrou que a queda de preços das carnes no atacado começa a ser repassada aos consumidores.
Nesta semana os supermercados venderam a carne com preços 2,33% abaixo dos praticados no período anterior. As maiores quedas ficaram para as carnes suína e bovina. O frango se manteve em alta (mais 1,3%).
Os hortifrútis ficaram 4,27% mais caros. O tomate liderou as altas, com 21,37%. Os alimentos industrializados também pressionaram, com elevação de 4,6%.
A diminuição das ofertas provocou alta também nos produtos de higiene e de limpeza. Puxados por sabonete (mais 3,71%) e absorvente higiênico (3,13%), os produtos de higiene subiram 1,78%, em média. No setor de limpeza a alta foi de 1,91%.

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