São Paulo, domingo, 25 de dezembro de 1994
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Quem ganha; Prazo de carência; Capital em fuga; Mudança na agenda; Presente de Natal; Dever de casa; Apertem os cintos; Mineiro por conveniência; Trabalho dobrado; Vida real

Quem ganha
Entre economistas e políticos, avalia-se que, no governo FHC, a principal consequência da crise cambial no México é o fortalecimento das posições de Serra na discussão com a atual equipe econômica sobre o futuro do real.

Prazo de carência
Mesmo com o fortalecimento de Serra na equipe econômica, no Congresso ninguém aposta em mudanças no câmbio pelo menos até 28 de fevereiro. É quando vencem as NTNs cambiais vendidas sexta passada pelo governo.

Capital em fuga
Apesar do pânico estabelecido nas bolsas brasileiras com a crise cambial do México, nos últimos dias grandes corretores brasileiros receberam ordens de compra de investidores estrangeiros, que estão fugindo do mercado mexicano.

Mudança na agenda
FHC tende a não manter o esquema da tradicional reunião diária das 9h com os ministros que trabalham no Palácio do Planalto. Prefere listar os participantes de acordo com o tema –para não criar uma casta no ministério.

Presente de Natal
O grupo de Fleury está espalhando que, na sua conversa telefônica com FHC há quatro dias, ele teria sido convidado para assumir a presidência da Embratel. FHC não confirma o convite.

Dever de casa
A equipe econômica do futuro governo já prepara o texto da MP que regulamentará a concessão dos serviços públicos para a iniciativa privada. A falta de consenso no Senado impediu que a matéria fosse votada neste final de ano.

Apertem os cintos
De Chico Lopes, futuro diretor do BC: "A estabilização da economia é um processo sujeito a turbulências. Pode levar dois, três ou até quatro anos para completar".

Mineiro por conveniência
Aos mineiros que reclamam de pouco espaço no seu ministério, FHC coloca na cota do Estado a nomeação de Édson Arantes do Nascimento. Sempre irônico, ele lembra que Pelé nasceu em Três Corações, no sul de Minas.

Trabalho dobrado
Hélio Garcia não afastará do cargo de secretário de Planejamento o futuro ministro do Trabalho, Paulo Paiva. Por telefone, Paiva vem montando a equipe que trabalhará com ele em Brasília.

Vida real
FHC já deixou claro a amigos que não terão cargos no governo seu desejo de manter com eles contatos periódicos. Teme ficar isolado em Brasília. "Ele vai querer saber o que está acontecendo no mundo lá fora", diz um deles.

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