São Paulo, domingo, 25 de dezembro de 1994
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Festa pode terminar em bom emprego

JOSÉ VICENTE BERNARDO
DA REPORTAGEM LOCAL

As festas de fim de ano são excelentes oportunidades para conseguir aquele emprego que você batalhou o ano inteiro.
Especialistas em recolocação consideram esta época ideal para retomar velhos contatos e, especialmente, se mostrar ao mercado.
Espalhar cartões de boas festas, cumprimentar conhecidos e vizinhos e comparecer a comemorações e coquetéis são algumas das táticas recomendadas (veja outras dicas no quadro abaixo).
"É importante não ser chato nem ficar implorando emprego", alerta a consultora Victoria Bloch, da DBM do Brasil. Elegância, sutileza e alto-astral são a chave para o sucesso dessa estratégia.
Taça de champanhe
Ao contrário do que muitos imaginam, esta época não pode ser encarada como férias por quem pretende começar o ano em uma situação profissional melhor.
"Quem está desempregado deve trabalhar até mais do que se estivesse empregado", compara Silvana Palmieri, 36, vice-presidente do Grupo Catho.
Boa parte desse "trabalho" significa preparar-se física e mentalmente para impressionar um possível empregador "escondido" atrás de uma taça de champanhe.
A orientação dos especialistas é nunca ter vergonha de dizer ao maior número possível de pessoas que está disponível.
Deve-se evitar ao máximo passar uma imagem derrotista. "Ninguém gosta de dar oportunidades a um perdedor", avisa Claudir Franciatto, consultor da Manager Assessoria em Recursos Humanos.
É fundamental fazer uma auto-análise –em que estágio está na carreira e onde pretende chegar. Isso ajuda a diminuir a insegurança e a ansiedade.
Outra orientação é não confundir "cuidar da aparência" com "manter as aparências".
"Conheço pessoas que saíam para trabalhar normalmente, escondendo da família, dos amigos e dos vizinhos que estavam desempregadas havia várias semanas", conta Silvana Palmieri.
A família, ao contrário do exemplo acima, deve ser a primeira aliada na busca por um novo emprego. Também deve compreender que ninguém é obrigado a distribuir presentes, principalmente se estiver desempregado.

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