São Paulo, domingo, 25 de dezembro de 1994
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Cazaque se arrisca na livre iniciativa

JAIME SPITZCOVSKY
DO ENVIADO ESPECIAL

Vende matérias-primas do Cazaquistão, mas opera seus negócios desde Hong Kong, uma das principais Mecas do capitalismo.
No aeroporto de Almaty, Massimov se prepara para embarcar no vôo da Air China para Urumqi, a capital da província de Xinjiang.
Território chinês sob administração portuguesa até 1999, Macau permanece como um mar de cassinos. Massimov planeja se descontrair nas mesas de jogo ao lado dos novos-ricos chineses.
Até há três anos, ainda na era soviética, o cidadão cazaque era desestimulado pela propaganda oficial a visitar cassinos. Eram prova da decadência capitalista.
Na época em que dogmas soviéticos ainda existiam, Massimov se preparava para a carreira diplomática. Fui à China estudar chinês, mas com sorte o sistema desmoronou antes de eu me formar e não precisei ingressar no ministério.
Massimov arriscou-se no comércio exterior. Depois da primeira transação, tudo ficou mais fácil, diz, sem revelar as cifras que quantifiquem as atividades da Kazakhstan Trading House, especializada no comércio de metais.
Há dois anos, empurrado pela expansão dos negócios, Massimov mudou-se para Hong Kong. Adquiriu hábitos ocidentais. Em vez da vodca, o empresário cazaque hoje prefere beber gim com tônica.

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