São Paulo, domingo, 25 de dezembro de 1994
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Lá vem o Brasil

O ano calçou o salto dos 70 e reviveu o brilho da década. Andou de tênis na onda fitness, ganhou talentos e perdeu humor –com a morte, em setembro, do estilista italiano Franco Moschino. Deu Brasil nas passarelas e, aqui, o desfile virou espetáculo
Na passarela
Disputados a tapas por modernos, desfiles de moda viraram programa obrigatório. Mal-agendados, espalharam-se por São Paulo durante o ano. Mega-eventos, bem realizados na maioria, firmaram tops, divulgaram tendências e ensinaram estilo.
O inverno da Bavardage teve Gerald Thomas, Arthur de Matos Casas e Zé Celso. Em março, Betty Prado e Cláudia Liz (acima) esquentaram o desfile da Trimotêxtil. Meses depois, o projeto "Cinco Nomes, Nova Costura" foi o boom do underground e de Lorenzo Merlino.
O mundinho assoou o nariz na passarela da Fenit, em junho: era Johnny Luxo, a Herchcovitch. No mês seguinte, a Phytoervas gastou US$ 130 mil no verão de nove confecções. Surpresa: a Coopa-Roca despencou da Rocinha, no melhor estilo lata d'água na cabeça.
Em agosto, Viva Vida exibiu mães e filhas no viveiro do Ibirapuera. A Forum deu o verde-amarelo que faltava à moda.
Setembro cheio: no Sion, G e Reinaldo forçaram os bons sintéticos (o povo há de entender); a Ellus ressuscitou o college; tambores e cantorias japoneses ensurdeceram o mundo fashion no belo desfile da Iódice e a Zoomp fez 20 anos.
As prévias de coleções mataram o ano no antigo matadouro. Quem inventou moda depois disso, dançou. Ninguém viu.

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