São Paulo, quinta-feira, 29 de dezembro de 1994
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Expressinho do São Paulo encerra ano 'inegociável'

ARNALDO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

O título da Copa Conmebol valorizou e muito os jogadores do Expressinho do São Paulo. Muitos deles serão utilizados pelo técnico Telê Santana no time principal em 95 e já são considerados inegociáveis pela diretoria.
O Sporting Cristal, do Peru, fez proposta para levar Juninho, Caio e Toninho, mas o São Paulo só aceitou conversar sobre o último.
"Juninho vale hoje US$ 2 milhões. Mas ele e Caio não saem por dinheiro nenhum", disse o presidente Fernando Casal de Rey.
Segundo o técnico Telê, a nova geração "vai substituir no ano que vem os craques consagrados, pois está mostrando mais interesse e vontade de vencer."
"Mudamos os planos devido ao sucesso destes garotos e a disposição do Telê de aproveitá-los. Por isso quase não faremos contratações", afirmou Casal de Rey.
Entre os que deverão ganhar uma chance na equipe de cima estão os zagueiros Nélson e Bordon, o meia Denílson e os atacantes Caio e Catê. O lateral Pavão e o meia Juninho já são titulares.
O goleiro Rogério pode ganhar a camisa 1 no caso de Zetti ir para o futebol japonês.
Antes da conquista da Conmebol, alguns jogadores do Expressinho seriam emprestados ao Nacional ou ao Taquaritinga, no consórcio que o São Paulo firmou com os dois clubes.
"Não vão mais. O Expressinho talvez até dispute os torneios Naranja, Ramón de Carranza e Tereza Herrera, na Espanha", afirmou Casal de Rey.
Só vão sair do São Paulo, atletas que realmente não vêm sendo utilizados, como o volante Sídnei, o meia Eraldo e os atacantes Maurício, Anílton e Eliel.
O zagueiro Nem e os atacantes Jamelli e Guilherme, que eram as maiores esperanças de Telê para a temporada que acabou, também devem ser emprestados.
Aumento
Além disputar posições no time titular, quase todos os jogadores do Expressinho terão seus salários reajustados pela diretoria.
Segundo Márcio Aranha, "salários de jogadores como Pavão, Nélson e Caio estão defasados".
O meia Denílson, 17, recebe apenas uma ajuda de custo de R$ 50,00, mas vai assinar seu primeiro contrato como profissional.
Entusiasmado com o aumento e com a possibilidade de ser titular, Denílson garantiu estar preparado.
"Não esperava um sucesso tão rápido. Mas se o Telê precisar, não decepcionarei", disse.
O técnico do Expressinho, Muricy Ramalho, entende que "a experiência que os jogadores adquiriram em 94 foi mais importante até que o título da Conmebol".
Muricy dirigirá o time que disputa a Copa São Paulo de Juniores a partir do dia 8. Pavão, Bordon e Denílson serão aproveitados.

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