São Paulo, quinta-feira, 29 de dezembro de 1994 |
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Desobedecer a lei custa caro
RUBENS LINHARES
O primeiro cuidado é com a sinalização. Diferentemente de algumas estradas brasileiras, ela não é decorativa. Qualquer desrespeito rende multa e sem nenhuma chance de negociação. Estacionamento é outro problema. O turista que, por descuido ou malandragem, parar em uma vaga para deficientes físicos, por exemplo, corre o risco de não encontrar o carro quando voltar. Em capitais como Londres, o turista pode ter certeza de que se não achou o seu carro onde o deixou é porque ele foi guinchado. Isso pode acontecer caso o motorista estacione o carro diante de uma construção, por exemplo. Você pode argumentar que chegou naquele dia à cidade, que não está habituado com a sinalização, que a direção posicionada à esquerda o deixou confuso e outras lamúrias do tipo. Nada adianta. A multa por estacionamento proibido gira em torno de US$ 200 em Londres. Para quem alugou um carro "normal" (com a direção no lado esquerdo), viajar pelas estradas britânicas pode ser uma tortura. Em dois dias, você se acostuma com a inversão de lado nas conversões. Mas é impossível se habituar com as ultrapassagens em pistas de mão dupla. Não há como enxergar o veículo que vem em outra direção se você estiver atrás de um caminhão. Nesse caso, você tem três opções: confia na sorte, reza ou reduz a marcha e admira a paisagem enquanto espera que o caminhão saia da sua frente. Na Itália e na França, o problema não é a sinalização ou o rigor dos guardas. Na verdade, são os próprios motoristas. Com seus carrinhos –Renault ou Fiat que já atingiram a terceira idade–, eles entram na contramão, param onde e como querem e xingam os guardas que se aventuram a apitar. (RL) Texto Anterior: Tarifa das balsas é de US$ 200 Próximo Texto: Equipamentos reduzem risco de acidentes Índice |
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