São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Rio Grande do Sul sofre racionamento de cerveja

WAGNER OLIVEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O Rio Grande do Sul está enfrentando racionamento de cerveja. Os supermercados –responsáveis pela comercialização de 70% da bebida no Estado– restringiram a venda por pessoa a quantidades que variam de seis a 24 unidades.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Refrigerantes do Rio Grande do Sul, Romeu de Nardi, o consumo está alto por três motivos: calor, festas de fim de ano e aumento do poder aquisitivo.
"O verão começou praticamente em setembro. Com o Real, o produto ficou mais acessível e o consumo cresceu muito, pegando as indústrias de surpresa", disse.
A produção de cerveja no Estado cresceu 25% neste ano em relação a 1993. Em dezembro, 4,2 milhões de unidades (garrafas ou latas) saíram das indústrias. Comparando-se com dezembro de 93, o consumo aumentou em 50%.
Nardi responsabiliza também o cosumidor pelo racionamento. "Tem gente que deixa para comprar cerveja às 18h do dia 31 e não faz um estoque preventivo", disse.
O presidente da Associação dos Supermercados do Rio Grande do Sul (Agas), João Carlos de Oliveira, afirmou que os supermercados resolveram racionar a cerveja para evitar que pequenos varejistas comprassem por especulação.
Oliveira disse que o racionamento é mais intenso no interior do Estado. Segundo ele, há supermercados importando cerveja do Uruguai, Paraguai, Argentina e Estados Unidos e mesmo assim não é suficiente.
Silvio Antonio Bombardelli, diretor do supermercado Nacional –com 70 lojas no Estado–, afirma que "a indústria não se programou para atender à demanda".
O presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares, João Antonio Klee, disse que a falta de cerveja ainda não chegou aos bares de Porto Alegre. "Mas acho que em janeiro haverá problemas", afirma.

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