São Paulo, sábado, 31 de dezembro de 1994![]() |
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270 mil atendimentos fazem de 94 um ano recorde para Procon
FILOMENA SAYÃO
O Procon, órgão de defesa do consumidor subordinado à Secretaria da Justiça do Estado de São Paulo, deve fechar o ano com cerca de 270 mil atendimentos. É um registro recorde nos 17 anos de existência do órgão. "Estou surpreendido", afirma seu coordenador, Marcelo Sodré. "Sempre que há um plano econômico, atendemos muito mais consumidores. Só que depois, o patamar nunca volta ao que era antes", explica. Até novembro, o acumulado no ano é de 237.357 consultas e de 11.877 reclamações. Como são feitos, em média, cerca de 20 mil atendimentos por mês, Sodré prevê atingir 270 mil quando for computado dezembro. O recorde anterior era de 92: foram atendidas 192.111 pessoas. Em 93, foram 172.247 atendimentos. O aumento de 94 sobre 93 é de cerca de 56%. Em 86, ano do Plano Cruzado, o Procon computou 124.697 atendimentos (em 87, foram 44.849). Em 89 veio o Plano Verão. Resultado: 141.016 atendimentos. Em 88 esse número foi de 102.543. Desde que foi criado, em 1977, até hoje, o Procon soma cerca de 1,5 milhão de atendimentos. Sodré ressalta que mais da metade disso foi registrado a partir de 90. Ele constata que o consumidor está mais atento a seus direitos. "A defesa do consumidor passou a fazer parte do conceito geral de cidadania. Já é uma certa cultura entre a população." Questões relacionadas à habitação são as campeãs no Procon. Consultas e queixas relacionadas a aluguel, compra de imóveis, loteamentos e despesas de condomínio são as mais frequentes. Elas representam cerca de 50% do que os funcionários atendem por telefone, nos escritórios e até por carta. Em seguida vêm as ligadas a produtos (25%). Em terceiro lugar aparecem assuntos referentes à prestação de serviços (10%). O Procon coloca 180 dos seus cerca de 500 funcionários no atendimento à população. Esses números representam 30% mais que 93. Os computadores dão uma idéia do que acontece com as reclamações –que representam cerca de 22% do total de atendimento. A área de habitação teve 62% das reclamações solucionadas, 21% em andamento e 17% não solucionadas. Na área de produtos 92% das queixas tiveram solução, 4% estão ainda em andamento e 4% não foram solucionadas. No setor de serviços, 78% das reclamações foram solucionadas, 11% estão sob checagem e 11% não foram solucionadas. O setor de alimentos tem o maior índice de queixas sem solução: 38%. As que ainda estão em andamento no órgão representam 36%, e as solucionadas, 26%. Anteontem o Procon aumentou sua capacidade de atendimento. O órgão atendia diariamente 400 pessoas. Espera-se que esse número mais que dobre. Texto Anterior: Vendas com cartão dobram Próximo Texto: Preços ficam estáveis nos supermercados Índice |
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