São Paulo, terça-feira, 1 de fevereiro de 1994
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Ministro faz corpo-a-corpo para aprovar Fundo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, decidiu assumir o comando das negociações com o Congresso para a aprovação da emenda constitucional que cria o FSE (Fundo Social de Emergência). FHC praticamente suspendeu todos os compromissos marcados na sua agenda de ontem e passou todo o dia disparando ligações telefônicas para governadores e parlamentares.
Hoje, FHC vai ao Congresso para tentar assegurar que a emenda entre na pauta de votação da revisão já na quinta-feira. Será preciso aprovar hoje o requerimento de preferência, para garantir a votação na quinta, em primeiro turno. As emendas da revisão constitucional são aprovadas em dois turnos. A segunda votação só deve ocorrer depois do Carnaval, de acordo com avaliação do relator constituinte, Nélson Jobim (PMDB-RS). No domingo, Jobim afirmava que ele poderia se realizar antes do Carnaval.
Pela manhã, o ministro criticou o próprio governo. Ele disse que espera "mais empenho" para a aprovação da emenda do FSE. Na semana passada, não houve quórum para aprovação da MP que elevava as alíquotas de imposto de renda para pessoas jurídicas. A MP caiu. A falta de quórum foi provocada pela ausência de deputados do PSDB e PMDB, aliados do governo.
FHC tentará também algum tipo de acordo com PFL e PPR, que obstruíram a votação da MP. O ministro conversou pelo telefone com o líder do PFL na Câmara, Luís Eduardo Magalhães (BA). FHC quer evitar que o governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães, volte a liderar movimento de obstrução na votação de hoje.
Hoje os presidentes do Senado Federal, Humberto Lucena, e da Câmara, Inocêncio de Oliveira, farão uma reunião com todas as lideranças do Congresso para discutir o pedido de preferência para votação da emenda substitutiva que cria o FSE.

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