São Paulo, terça-feira, 1 de fevereiro de 1994 |
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Família culpou o marido pela morte
DULCE DAMASCENO DE BRITO
As programações cariocas incluem o lançamento de filmes e livros sobre Carmen. Mas muitos desses biógrafos-improvisados nem eram nascidos quando Carmen morreu, o que não os impede de dar entrevistas falando o que ela pensava (?) e atribuindo sua prematura morte ao marido interesseiro que a obrigava a trabalhar. Tudo "hear-say", ouvido dos remanescentes da família Miranda residentes no Rio, que nunca se conformaram com o fato de o marido americano (e judeu) ter herdado a fortuna da estrela. Irritada com isso, publiquei em 1986 o livro "O ABC de Carmen Miranda" no qual desmistifiquei o mito com todo o carinho que ela merecia. A família não gostou porque contei a verdade, baseada nos meus diários da época. Quando cheguei em Hollywood em 1952, Carmen praticamente me "adotou" como a filha que nunca teve e passei a ser sua melhor amiga e confidente até a noite da sua morte em 5 de agosto de 1955. Durante todos esses quatro anos nenhum membro da família apareceu em Hollywood, embora recebessem no Rio cheques mensais da estrela. Na casa de Beverly Hills só havia a mãe, d. Maria Emilia que era uma mulher simples que nunca compreendeu a extraordinária fama da filha. Texto Anterior: Só dá Carmen de hoje em diante Próximo Texto: Favo; Vitrine; Suíta Índice |
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