São Paulo, terça-feira, 1 de fevereiro de 1994
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México checa situação de direitos em Chiapas

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo mexicano prepara um relatório oficial sobre a situação dos direitos humanos no Estado de Chiapas (sul). O objetivo é tentar reverter a imagem negativa da ofensiva contra os rebeldes indígenas do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN). Desde o início da revolta armada, em 1º de janeiro, foram denunciadas violações constantes dos direitos dos rebeldes e dos moradores da região pelas tropas do Exército.
Segundo um porta-voz, "a imprensa e os organismos de defesa dos direitos humanos só contribuíram para criar confusão em outros países". As denúncias de torturas e execuções geraram protestos contra embaixadas mexicanas na França, Espanha e Austrália e manifestações de apoio aos zapatistas.
O general da reserva e ex-governador de Chiapas Absalón Castellanos, sequestrado desde 2 de janeiro, disse que tem sido muito bem tratado pelos rebeldes. Em entrevista dada dia 27 a três jornalistas espanhóis e publicada ontem pelo diário "La Jornada", ele afirmou que a negociação entre o governo do presidente Carlos Salinas de Gortari e os guerrilheiros "não é questão de um, dois, dez dias".
Fazendeiros da região reclamaram ao Exército que têm sido ameaçados pelo EZLN. O ex-chanceler Manuel Camacho Solís, representante de Salinas para negociar a paz, reafirmou que a volta à normalidade "depende de justiça social e de as autoridades locais passarem a respeitar a lei".

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