São Paulo, quinta-feira, 3 de fevereiro de 1994 |
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O prefeito encabulado Ney Lopes, hoje deputado federal pelo PFL, era secretário da Justiça do Rio Grande do Norte na década de 70. Certo dia, foi à cidade de Jaçanã para inaugurar uma escola como representante do governo estadual. O pequeno município estava em festa. A solenidade foi no prédio da escola. Os convidados e curiosos se apertavam no pequeno saguão. Discursaram a diretora, autoridades locais e o próprio Lopes. Chegou a vez de o prefeito discursar. Ele se levantou, cumprimentou os convidados com um aceno de cabeça e colocou a mão dentro de uma bolsa que trazia. Sacou um gravador, sob olhares espantados. Ligou o aparelho. Durante os quinze minutos seguintes, os presentes ouviram uma voz gravada. É que o prefeito havia desenvolvido pânico de falar em público, algo no mínimo inconveniente para um político, como pensou Ney Lopes. Mas todos acompanharam o pronunciamento e, ao final, aplaudiram calorosamente. Até mesmo o prefeito, que aplaudiu a sua própria voz. Texto Anterior: Brasil critica relatório do governo dos EUA Próximo Texto: Polícia tenta hoje expulsar os sem-terra Índice |
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