São Paulo, sexta-feira, 4 de fevereiro de 1994
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Parente nos EUA provoca dilema

PAULO D'AMARO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os brasileiros que têm parentes nos EUA e pretendem de ver os jogos do Brasil de perto vivem um dilema. Se quiserem garantir os ingressos, terão que gastar com hotéis caros. Se preferirem ficar nas casas dos conhecidos, correm o risco de não ver os jogos. A razão é a falta de ingressos avulsos, que só foram vendidos nos Estados Unidos e já se esgotaram nas bilheterias oficiais. Sobraram os "pacotes" das agências de turismo brasileiras, que incluem hotéis de luxo. Agora, a torcida é para que as agências abram uma exceção e vendam ingressos em separado.
"Tenho amigos em São Francisco e Detroit. Por que vou gastar mais com um pacote?"', diz o comerciante Ulissses Aparecido Ribeiro Filho. Segundo seus cálculos, ele gastaria a metade se pudesse comprar apenas ingressos para os jogos, sem reservas de hotel.
"Muita gente já nos procurou querendo só os ingressos", diz Suely de Oliveira Montilha, da Agaxtur. Em outra empresa, a Stella Barros, a reivindicação ocorre diariamente."Pelo menos uma vez por dia alguém nos consulta para isso", afirmou Marcelo Marcondes de Mello, gerente de vendas.
A possibilidade de venda de bilhetes em separado é remota, mas já foi cogitada. "Vamos fazer isso se os pacotes sobrarem", afirmou Sílvio Ferraz Jr, diretor da Monark Turismo. Caso contrário, a opção é comprar de cambistas ou agências de turismo dos EUA que eventualmente tenham ingressos para revender. Uma delas, da cidade de Bala, Pensilvânia, publicou um anúncio na Folha, domingo passado. A reportagem tentou conferir os preços por fax, mas não houve resposta a quatro tentativas. (PD)

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