São Paulo, sábado, 5 de fevereiro de 1994
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Corinthians escolhe tática ousada para impedir crise

DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians tenta escapar da crise. Enquanto os dirigentes buscam novo técnico (Henrique Alves prometeu anunciar o contratado no final da noite de ontem), o treinador interino, Eduardo Amorim, administra os problemas para enfrentar o Novorizontino, amanhã, às 17h, no Pacaembu. A certeza é única: "Não podemos perder nenhum ponto nos próximos três jogos", disse Amorim. "Senão, corremos o risco de nos distanciarmos totalmente dos líderes do campeonato."
O treinador interino terá algumas vantagens, reclamadas pelo ex-treinador do time, Afrânio Riul –o lateral esquerdo Daniel e o atacante Rivaldo são as novidades no jogo de amanhã, apesar das condições físicas ainda longe do ideal. "Estou com 60% das minhas condições. O maior problema, porém, é jogar de forma diferente do que eu estava acostumado no ano passado", comentou Rivaldo, que não ficará fixo na ponta, mas atuará como centroavante, ao lado de Viola. "Ele ficará mais na frente porque precisamos de gols", comentou o técnico Eduardo. Já o problema de Daniel é o longo período longe dos treinamentos. "Fiquei 40 dias sem fazer nada, o que me deixou completamente destreinado", contou.
A modificação tática na função de Rivaldo foi obrigatória. Com a contusão de Moacir, que sentiu dores lombares e não joga, Eduardo decidiu escalar Marques. "Sei que ele não é de marcação, mas precisamos de um esquema mais ousado", justificou-se. O treinador teme apenas prejudicar o posicionamento de Tupãzinho, que deverá auxiliar Ezequiel na marcação e evitar suas descidas ao ataque. "Ele sempre representou uma importante ponte do meio-campo com os atacantes, mas agora terá uma obrigação mais defensiva", justificou o treinador. Outra mudança no time é a escalação de Embu como zagueiro na vaga de Henrique, que cumpre suspensão automática.

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