São Paulo, domingo, 6 de fevereiro de 1994
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Ceará cresce, mas miséria persiste

DA REDAÇÃO

A economia cearense cresceu 23,71% sob as gestões de Tasso Jereissati e Ciro Gomes (ambos do PSDB), enquanto o PIB do país crescia 7,8%, e o do Nordeste, apenas 4,8%. O saneamento das finanças públicas, acoplado a uma agressiva política de incentivos, atraiu grandes investidores para o Estado.
O "milagre cearense", porém, não trouxe melhorias significativas para as condições de vida da maior parte da população. A concentração de renda no Estado permanece elevada. Hoje 78% dos trabalhadores locais recebem menos de um salário mínimo. O êxodo rural vem provocando o inchaço de Fortaleza, cujas favelas passaram de 234, em 1985, para 313, em 1991.
No mesmo período, houve retrocesso nos indicadores sociais, apesar das iniciativas nas áreas de saúde e educação, que levaram Ciro a receber um prêmio da Unicef no ano passado. Declarações recentes do governador foram interpretadas no seu próprio partido como uma tentativa de viabilizar sua candidatura à Presidência.

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