São Paulo, domingo, 6 de fevereiro de 1994
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Ritmo da economia volta a desacelerar

DA "AGÊNCIA DINHEIRO VIVO"

A economia está iniciando uma nova fase de desaceleração no seu ritmo de crescimento. Esta reversão deve ocorrer a partir de março, mas pode ser antecipada. Tudo dependerá do comportamento da economia no período que antecede a implantação da URV. O mesmo deve ocorrer com o comércio de bens duráveis e não duráveis. A previsão está nos "leadings" elaborados pelo Departamento Econômico da "Agência Dinheiro Vivo". Confira os indicadores:
Indústria de transformação - O crescimento do setor, que está estimado em 10,6% em janeiro e 11% em fevereiro, deve cair para 10,05% em março e 9,1% em abril, no período de 12 meses. O principal fator de estrangulamento da recuperação industrial foi a inflação.
Bens duráveis - O ciclo de recuperação nas vendas deste setor também está com os dias contados. Nas projeções dos economistas de "DV", no final do primeiro trimestre as taxas de crescimento voltam a cair. Até lá, as vendas continuam sendo sustentadas pelos consumidores de salários mais elevados. Em março, o crescimento das vendas, em 12 meses, deve chegar a 8,05%, caindo para 7,5% no mês de maio.
Bens não duráveis - Este setor (supermercados e farmácias, principalmente) começou a diminuir seu ritmo de vendas ainda em novembro de 1993. A desaceleração deve-se à violenta queda do poder aquisitivo e à estagnação do emprego. Se as projeções se confirmarem, a redução acumulada em 12 meses que, em março, deve ser de 13,4% chega a 15,5% em maio.
Patrimônio em alta
Somente as carteiras de Commodities acumulam cerca de US$ 10 bilhões em depósitos, seguidas pelos investimentos no FAF (US$ 8,76 bilhões) e Renda Fixa (US$ 6,9 bilhões).
Quanto à rentabilidade média líquida, os Fundos de Ações e Carteira Livre continuam bem na frente dos outros.

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