São Paulo, segunda-feira, 7 de fevereiro de 1994
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Novo técnico critica o ataque corintiano

WILSON BALDINI JR.
DA REPORTAGEM LOCAL

Entre os quase 22 mil espectadores que viram o empate do Corinthians, ontem no Pacaembu, frente ao Novorizontino, por 1 a 1, Carlos Alberto Silva era o mais ilustre. O novo treinador corintiano, que assistiu à partida da tribuna de honra do estádio, não gostou da atuação da equipe. "O time não conseguiu sair da marcação do Novorizontino. Faltaram opções no ataque", limitou-se a comentar, depois do jogo.
Desde o início do primeiro tempo, a forte retranca armada pelo treinador José Teixeira mostrava ser um grande obstáculo a ser transposto pelo confuso ataque do Corinthians. As poucas jogadas que eram criadas, surgiam apenas por meio do excesso de erros cometidos pela zaga da equipe de Novo Horizonte.
Se com a entrada do lateral Daniel, que estreou ontem, o lado esquerdo do setor defensivo não esteve tão vulnerável, a dupla de zaga voltou a desagradar. Sem Henrique, que cumpriu suspensão, a insegurança de Embu –seu substituto– e a falta de mobilidade do grandalhão Gralak, forçavam o recuo dos volantes Ezequiel e Zé Elias.
Marcelinho e Tupãzinho também falharam ao se despreocupar da armação. Jogaram enfiados no ataque, ao lado de Viola e do estreante Rivaldo. Faltava, assim, um elo de ligação entre a defesa e o ataque.
Apesar da total falta de esquema tático, o Corinthians conseguia pressionar o fraco time do Novorizontino. Mas, aos 19min, em um lance isolado, o lateral-direito Jorge Luís cobrou uma falta para o Novorizontino, Gralak disputou uma cabeçada com o zagueiro Válber e a bola bateu na trave. No rebote, o ponta-direita Alessandro fez 1 a 0.
Logo em seguida, o atacante Rivaldo, em jogada individual, acertou a trave do goleiro Maurício, que foi o destaque do time do interior.
Na única jogada articulada do Corinthians no primeiro tempo, aconteceu o empate. Gralak lançou Daniel na ponta-esquerda. O estreante foi até a linha de fundo e cruzou para a cabeçada certeira de Rivaldo. Apesar de fazer sua primeira partida no Paulistão e de sentir a falta de preparo físico, o atacante pernambucano foi o corintiano mais lúcido em campo. Seu companheiro de ataque, por sua vez, desafinou. Irritado com a marc ação do zagueiro Guilherme, Viola não desenvolveu um bom futebol.
No segundo tempo, os erros continuaram a ser cometidos. Várias foram as chances perdidas. de novo, mais pela incompetência da zaga do Novorizontino, que por mérito dos atacantes corintianos.
Vaias
Ao final do jogo, Carlos Alberto Silva, que foi ovacionado pela torcida, escutou as vaias pelo péssimo futebol apresentado pela equipe. "Sei que temos muito trabalho a ser feito. Vamos começar a partir de amanhã. Temos que trabalhar a equipe dentro de campo", afirmou.

CORINTHIANS
1
Ronaldo; Leandro, Embu, Gralak e Daniel; Zé Elias, Ezequiel, Tupãzinho (Marques); Marcelinho, Viola e Rivaldo. Técnico - Eduardo Amorim

NOVORIZONTINO
1
Maurício; Jorge Luís, Válter, Luís Carlos e Guilherme (Pereira); Goiano, Genílson e Edmílson (Carlos Zara); Alessandro, Kel e Romildo. Técnico - José Teixeira.

Juiz
Edmundo Lila Filho

Local
Pacaembu

Renda
CR$38.007.300,00

Público
21.375

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