São Paulo, segunda-feira, 7 de fevereiro de 1994
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Férias acabam para a tristeza da moçada

GABRIEL BASTOS JUNIOR
DA REPORTAGEM LOCAL

Férias acabam para tristeza da moçada
Colégios trazem novidades, mas não animam os alunos que preferiam descansar até depois do Carnaval
Em meio ao calor do fim do verão, cerca de 2.700 escolas, só na rede particular, ignoram a proximidade do Carnaval e reiniciam hoje suas atividades. Esse número é do Sindicato de Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo. Tentando animar um pouco quem teve que voltar cedo de viagem, vários colégios trazem inovações mas não chegam a encher os olhos de quem preferia passar mais uma semana acordando tarde.
Na rede municipal –que traz de volta 855 mil alunos de primeiro e segundo grau– a procura para a única escola que atende ao colegial, Derville Allegretti, foi gigantesca, muito provavelmente por conta do preço das mensalidades nas particulares. Segundo a diretora da escola, o número de alunos aprovados no "vestibulinho" (concurso de 8.ª série para entrar no 2.º grau) foi tão grande que obrigou a Secretaria Municipal de Educação a abrir 12 novas turmas que funcionarão à noite na escola Professora Olívia Irene Bayerlein Silva.
A maioria dos colégios particulares preferiu investir em aparelhagem e tecnologia. Vários optaram por inaugurar ou ampliar seus laboratórios de informática (veja texto à página 6-3) ou outras reformas.
Nada disso anima a moçada. No Bandeirantes, por exemplo, o pessoal ainda teve que ir ao colégio semana passada para pegar boletins, carteirinhas e bons lugares na sala. Mariana de Camargo, 15, que começa hoje seu segundo ano no colegial, está na ponte rodoviária Guarujá-Sampa. Passou as férias na praia, voltou para suas obrigações escolares e vai de novo para o Carnaval. "A gente tinha que voltar só uma semana depois do Carnaval", diz.
Felipe Areno, 16, também do 2.º colegial do Bandeirantes, diz que gosta de rever os amigos, mas isto não quer dizer que tenha saudades da escola. "No primeiro dia você até chega animado, mas já sai com vontade de ter férias de novo", comenta Felipe.
Rodrigo Esteves, 16, e Anderson D'Amore, 15, garantem que só pegam o ritmo de novo lá para a segunda ou terceira semana de aula. Um dos maiores problemas é voltar à rotina de acordar cedo. "Nos primeiros dias o negócio é dormir na aula", confessam.

LEIA MAIS
sobre a volta às aulas à pág. 6-3.

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