São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 1994 |
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Greenpeace impede viagem de navio com resíduos para Santos
HUMBERTO SACCOMANDI
"Fizemos um acordo com o porto, que acabou cancelando o carregamento. As baterias provinham da empresa A. Cohen & Co. Ltd., de Manchester. O tratamento de resíduo químico é muito caro nos países desenvolvidos. Várias empresas acabam enviando esses produtos ao Terceiro Mundo." Essas baterias contém chumbo, ácido sulfúrico e vários tipos de plástico. Elas deveriam ser recicladas em Santos. Os ambientalistas afirmam que elas são simplesmente abandonadas ou então a reciclagem gera outros resíduos. Segundo o Greenpeace, mais de 620 toneladas de resíduos de chumbo, provenientes de baterias, já foram enviados do Reino Unido para o Brasil desde janeiro de 1993. A organização ambientalista adverte também o sindicato dos portuários no Brasil, que se comprometeu a não descarregar resíduos tóxicos. Num caso recente, as autoridades portuárias brasileiras enviaram de volta um navio britânico carregado com resíduos químicos. Os ecologistas defendem a proibição global de exportação de resíduos químicos. O governo britânico defende que cada país trate do seu próprio resíduo, mas se recusa a apoiar a proibição de exportação. Em março haverá uma convenção internacional a respeito. Texto Anterior: Policial é preso por roubo de carro em cruzamento no Butantã Próximo Texto: Polícia apreende crack em templo evangélico Índice |
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