São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 1994 |
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Ameaça de chuvas não assusta turistas Banhista foi à praia só com mormaço SERGIO SÁ LEITÃO
"Prefiro Camburi com chuva do que São Paulo com sol", afirma a estudante Fernanda Bueno, 17, frequentadora "desde criança" deste pedaço badalado do Litoral Norte paulista. A Prefeitura de São Sebastião, porém, prevê um sério desfalque no contingente de 800 mil "estrangeiros" que eram esperados para o Carnaval. Comerciantes aguardam uma redução de 20% no movimento. Na manhã de ontem as estradas que ligam São Paulo às praias de São Sebastião estavam vazias –situação que mudou no início da noite. Os "locais", por enquanto, rotulam o agito de "fraco". Em Camburi, às 16h, um casal jogava frescobol, oito pessoas arriscavam um vôlei e seis surfistas olhavam desanimados para uma placa do Corpo de Bombeiros que –teoricamente– proibia o nado, por causa das correntezas. Menos de 50 pessoas, portanto, sob as nuvens e o calor. Na barraca da Operação Praia Limpa, uma iniciativa da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo) para incentivar os banhistas a fazer coleta seletiva de lixo, o chefe-de-praia Manoel Trindade, 26, arriscava uma explicação. "Choveu muito no último domingo e as pessoas ficaram assustadas", diz. "As coisas aqui são caras e você não vai desperdiçar dinheiro com chuva." Ele duvida que as vítimas do "dilúvio" de domingo voltem no Carnaval. "Teve casa que alagou, a estrada ficou impossível e muitas barreiras caíram", descreve. "Foi um pesadelo. Já era pra ter mais gente por aqui, em comparação com o ano passado." Texto Anterior: Acidente mata seis no Paraná Próximo Texto: Ida para litoral demora 3 vezes mais Índice |
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