São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 1994
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Timbalada muda e sobe em trio elétrico

Bloco sai com 2.000 componentes

ANDRÉA DANTAS
ENVIADA ESPECIAL A SALVADOR

Timbaus coloridos, corpos pintados e ritmo contagiante. Apesar de estar tudo ali, a timbalada de Carlinhos Brown –uma das maiores novidades do Carnaval baiano de 93– mostrou anteontem na Barra, Salvador, que não é mais a mesma. Afinal, estreou este ano em um trio elétrico.
Como é impossível colocar 200 músicos e instrumentos em cima de um caminhão, apenas os quatro cantores foram no trio. Carlinhos Brown ia no chão, com microfone sem fio e de cocar verde e amarelo. Os timbaleiros usavam capacetes de ciclistas como acessório.
Com um normal atraso "baiano-carnavalesco", mais de duas horas, timbaleiros e cerca de 700 foliões iniciaram às 18h45 o pula-pula rumo ao bairro de Ondina.
Cada participante pagou US$ 60 pela camiseta que permite integrar o bloco. Foram vendidas 1.500 camisetas e distribuídas mais 500 de cortesia.
No final do percurso, Carlinhos Brown subiu ao trio -"pela primeira vez na vida", anunciou. Cantou suas músicas mais novas, como "Grite se Quiser Gritar" e "Choveu Sorvete", uma boa substituta para "Canto Pro Mar", hit do ano passado.
Com o refrão "Choveu sorvete na minha origem, adeus tristeza, choveu sorvete...", e outro tanto de aparente nonsense (com Brown nunca se sabe) ela tem embalado o Bolacha Maria, uma versão feminina da Timbalada, nova criação de Brown. E deve fazer parte do primeiro disco solo do rapaz, que sairá pela gravadora Odeon, com quem ele assina contrato dia 21 no Rio.

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