São Paulo, sábado, 19 de fevereiro de 1994
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Parreira diz esperar pouco do time sueco

Técnico analisa adversários na Copa

UBIRATAN BRASIL
DO ENVIADO ESPECIAL A MIAMI

O técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, chegou ontem a Miami, nos EUA, mais preocupado em encontrar um quarto no hotel que em analisar a seleção da Suécia, terceiro adversário do Brasil na Copa. "Não se deve esperar muito dessa fase de preparação", disse o treinador. "Às vezes, uma apresentação ruim é mais produtiva para análises futuras que uma vitória."
Parreira e o supervisor técnico Zagalo desembarcaram na madrugada de ontem em Miami. Além da chuva intermitente e dos fortes ventos, o que mais perturbou a dupla de treinadores brasileiros foi não encontrar disponível o quarto reservado no Intercontinental, luxuoso hotel localizado em "downtown". Os quartos só estariam disponíveis à tarde, com a saída de outros hóspedes.
A gerência que fazia plantão na madrugada alojou os brasileiros em um quarto simples, enquanto esperava vagar o reservado. "Ficamos conversando para passar a hora", comentou, cansado, Zagalo, que também não esperava assistir a muitas surpresas no time da Suécia. "Só vamos conferir com os dados que já temos."
Parreira acredita no esforço do técnico sueco, Tommy Svensson, em privilegiar a habilidade dos jogadores, como revelou à Folha. "O problema é que eles continuam jogando no estilo inglês, o velho 4-4-2", observou. Para o técnico brasileiro, o grande problema da seleção da Suécia continua sendo sua defesa. "São jogadores pesados, que têm pouca mobilidade, alvo fácil para adversários mais leves."
O técnico brasileiro também não esperava encontrar nenhuma grande novidade na Colômbia, desfalcada dos principais jogadores (Rincón, Valência e Asprilla). "O que é novo é sua obrigação de agora se confrontar com uma grande cobrança", disse Parreira. "Depois da euforia, principalmente depois da goleada (5 a 0) contra a Argentina, nas eliminatórias, as críticas foram maiores com alguns maus resultados."
Parreira comentou o amistoso sem gols da Colômbia contra a Fiorentina, disputado semana passada na Itália. "O mais elogiado foi o goleiro, que garantiu o empate. É nesse momento, mesmo com o time desfalcado, que se testa o aspecto psicológico de uma equipe. A Colômbia deve ir bem no Mundial. Mas, se apresentar equilíbrio emocional, poderá ir mais longe do que espera."(UB)

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