São Paulo, sábado, 19 de fevereiro de 1994 |
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Italianos criticam Argentina
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Os advogados que investigam o desaparecimento de italianos durante o regime militar na Argentina disseram ontem que a suspensão temporária do processo pela Justiça argentina representa "um ato contrário à lei, uma injúria à magistratura italiana e violação dos tratados (bilaterais) vigentes".A Justiça da Itália iniciou um processo contra militares acusados de violar os direitos humanos de pelo menos 73 italianos durante o regime militar (1976-83). Os advogados italianos Marcello Gentili e Giancarlo Manige pediram ontem a revisão da suspensão da audiência. Segundo eles, a suspensão teria acontecido "com o propósito de silenciar as fontes de prova que confirmam delitos de extrema gravidade". O juiz federal Gustavo Literas teria dito aos dois advogados italianos que transferiu o caso para a Câmara Federal por pedido do ministro da Justiça, Jorge Maiorano. A Câmara não firmou um prazo e só deve dar continuidade ao processo no final do mês. A presença de juízes e advogados italianos na Argentina provocou críticas dos militares do país. Eles foram anistiados em 1990 pelo presidente Carlos Menem e afirmam que o caso está encerrado. Ontem, Menem disse que os militares não serão julgados novamente. Texto Anterior: Fome ameaça 800 mil moradores de Cabul Índice |
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