São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 1994 |
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Empresas criam 'salário de equipe'
ADRIANA SALLES GOMES
Mas agora surge uma revolução dentro da revolução. As empresas começam a estender o quinhão variável para empregados das áreas de apoio e de todos os escalões da empresa. O desempenho da equipe passa a ser tão ou mais valorizado que o individual. A ordem é não criar competição interna."A remuneração variável é o salário de equipe que não existia", diz Luiz Edmundo Prestes Rosa, 44, diretor de recursos humanos do Banco Nacional. No Nacional, criou-se em 93 um plano de remuneração variável para caixas e recepcionistas e a idéia é fazer da agência uma única equipe. O Bamerindus, que distribuía os adicionais só por desempenho individual, está mudando o critério: 40% vão para um fundo comum dos funcionários da agência. O Citibank lançou seu programa em 93, já incluindo todos os funcionários. A Método Engenharia vai modificar o seu plano este ano para abraçar todo mundo. A empresa química Fosbrasil prepara-se para 95 ou 96. Empresas de serviços, especialmente bancos, estão na frente nesse processo. Mas até companhias agrícolas, como a Holambra, estão acelerando seus programas. As fórmulas são distintas (veja quadro abaixo). Em alguns casos, esse "salário"adicional substituirá até benefícios como planos de saúde ou carros, como estuda o banco Multiplic. Não se trata só de garantir uma estrutura de custos flexível ou de motivar o funcionário. "Em empresas com poucos níveis hierárquicos, diminuem muito as possibilidades de promoção de cargos e as chances de aumentar a renda fixa", diz Gilmar Caldeira, diretor da Incentive House, consultoria especializada em planos de incentivos. Próximo Texto: Grupo divide decisões e lucros Índice |
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