São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 1994
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Números da Fiesp; Feliz aniversário; Força e Luz; Modernidade e emprego; Caso Lílian; Punição dos corruptos; PT e amadores

Números da Fiesp
"Na edição do último domingo, a coluna Cenários, assinada pelo sr. André Lahoz Mendonça de Barros, na pág. 2-5, comparou as pesquisas efetuadas pelo Seade/Dieese e pela Fiesp, fazendo ressalvas quanto a esta última, em especial quanto à sua abrangência e representatividade. Na realidade, trata-se de pesquisas diferentes, com metodologias e finalidades diversas. Enquanto a primeira efetua levantamentos em domicílios, a segunda avalia, junto a empresas, a diferença entre demissões e contratações nelas ocorrida no mês de referência. Assim, a pesquisa do Seade não 'engloba' a da Fiesp, mas coleta seus dados em um universo diferente. Do mesmo modo, não é correta a afirmação segundo a qual nossa amostra 'concentra-se em grandes empresas'. De fato, cerca de 35% das empresas pesquisadas são micro e pequenas, 45% são de médio porte e 20% por fim, são grandes empresas. Os dados levam também em conta as características de cada município pesquisado, nos diversos setores industriais. Concordamos com o articulista quanto à importância da informalidade e da terceirização –o que aliás sempre é observado quando da divulgação de nossos dados–, mas entendemos que, sendo ambos de difícil mensuração, certamente não será o melhor caminho técnico basear-se em 'estimativas' sobre seu crescimento sistemático para desqualificar este ou aquele resultado. Assim sendo, reiteramos nosso objetivo de, pesquisando o segmento formal da indústria paulista, oferecer um termômetro confiável relativo ao nível de emprego, dotado de seriedade e rigor metodológico e adequado para análises comparativas, sem necessidade de 'ressalvas' e sim sua adequação ao âmbito que se propõe."
Horacio Lafer Piva, diretor-titular do Departamento de Documentação, Pesquisas, Estudos e Avaliações –Depea–, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo –Fiesp (São Paulo, SP)

Feliz aniversário
"Ao transcurso do aniversário de fundação desse conceituado jornal, o Centro de Comunicação Social do Exército congratula-se com V. Sa. e demais integrantes dessa laboriosa equipe, desejando que o jornal Folha de S. Paulo continue sua trajetória de êxito e sucesso, cumprindo com retidão e eficiência a edificante missão jornalística."
Gilberto Serra, general-de-brigada, chefe do Centro de Comunicação Social do Exército (Brasília, DF)

Força e Luz
"A Companhia Paulista de Força e Luz –CPFL–, em relação à reportagem 'Licitação só é feita após início da obra', publicada na edição de domingo, dia 13 de fevereiro de 1994, na pág. 1-13, esclarece que: Através do processo de terceirização, a CPFL permite que prefeituras municipais escolham empresas para executar serviços técnicos referentes à iluminação pública. No caso a que se refere a matéria, a Paulista de Força e Luz já havia construído toda a rede de distribuição de energia elétrica urbana, ficando a cargo exclusivo da prefeitura de Lins providenciar a licitação e apontar a empresa que faria os serviços de iluminação pública, para posterior conhecimento e devida autorização da CPFL. Assim, contrariamente ao que informa a matéria deste jornal, a licitação foi realizada sob inteira responsabilidade da prefeitura municipal de Lins. Ocorre, contudo, que a empresa citada, Cielge Construções Elétricas em Geral Ltda., por razões absolutamente desconhecidas pela CPFL, iniciou as obras de iluminação pública no conjunto 'Ulisses Guimarães', sem a competente autorização e por este motivo foi severamente advertida por nós naquela oportunidade (abril de 1993), inclusive com o embargo das obras, conforme anexo documento. Sendo assim, a empresa reitera que não teve nenhuma participação na concorrência citada, limitando-se a fazer cumprir suas normas técnicas, com o rigor costumeiro, observado em todas as obras dessa natureza em nossa área de concessão."
Moacir Pires, gerente da Assessoria de Comunicação e Marketing da Companhia Paulista de Força e Luz –CPFL (Campinas, SP)

Modernidade e emprego
"Li com bastante indignação o editorial da Folha do dia 6/02 sobre o problema do desemprego, em nível mundial e no Brasil. Nestes últimos anos da era 'collorida', a Folha tem defendido com unhas e dentes a tal 'abertura' do mercado nacional a qualquer preço, em candentes editoriais. Na mesma Folha podemos encontrar ainda auto-elogiáveis depoimentos de página inteira de grandes expoentes do chamado setor produtivo, em que, sem exceção, se gabam dos grandes cortes que fizeram no número de empregados de suas empresas. É conhecido que a tal 'abertura' tem sido feita a troco de nada, a não ser do nível de emprego que tem caído vertiginosamente nestes últimos anos. Ora, ora, senhores, sejamos consistentes. Ou se defende uma política de pleno emprego em que se preservam os meios para o fim maior de cada cidadão e por consequência do país, qual seja, ter condições para se ter uma vida razoável; ou então, vamos entrar no jogo 'moderninho-liberal' da economia global, em que os outros dão as cartas e as regras e nós damos o nosso emprego."
Francisco Martim Smolka (Campinas, SP)

Caso Lílian
"A Folha de quinta-feira atribui ao presidente em exercício da Fiesp a declaração de que o presidente Itamar deveria sofrer 'impeachment' por conta do 'affair' Lílian Ramos. Será que o sr. Schrappe resolveu competir em destempero com o 'ex' Mario Amato?"
Jayme Serva (São Paulo, SP)

Punição dos corruptos
"A velocidade com que foram apuradas as irregularidades da Comissão de Orçamento revelou que a pressa é inimiga da perfeição. Todos os acusados, sem exceção, estão baseando as suas defesas em erros apresentados no relatório final. Estou achando que ninguém será punido."
Alex O.R. de Lima (São Paulo, SP)

"Com que isenção a comissão dessas CPIs julga aos seus semelhantes? Será que os membros dessas comissões não sofrem pressões, inclusive em nível familiar? Não seria melhor que esses casos, envolvendo parlamentares, fossem encaminhados ao Ministério Público para julgamento? Não é hora de repensar a imunidade (ou impunidade) parlamentar?"
Paulo Gottschalk (São Paulo, SP)

PT e amadores
"A Folha nos mostrou hoje (18/02) a nova posição da Executiva do PT com respeito à dívida externa. Pelo texto pode-se concluir que todo o debate foi conduzido por amadores que não conhecem o mercado financeiro e de capitais internacionais, não tem idéia de como são os contratos celebrados entre o Brasil e suas empresas com os bancos e investidores estrangeiros."
Igor Cornelsen (São Paulo, SP)

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