São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 1994 |
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Brizola se prepara para deixar o governo do Rio no dia 2 de abril
PLÍNIO FRAGA
Na avaliação de um deputado próximo a Brizola, essa emenda não tramita em "mar sereno", porque grande parte do Congresso teme que a medida beneficie eventuais adversários na tentativa de reeleição para a Câmara e o Senado. Publicamente, o governador ainda se recusa a admitir que será candidato. Ontem, disse que poderá "tomar a iniciativa de desenvolver um diálogo nacional" com outros partidos para formular um programa de governo e definir um candidato comum. Brizola negou ter sido procurado pelo ex-governador Orestes Quércia (PMDB) para discutir uma possível aliança. "Quem me procurou foi o governador Fleury", afirmou, sem revelar o teor da conversa com o governador de São Paulo. Brizola afirmou acreditar na possibilidade de o presidente do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, abrir mão de sua candidatura, apesar de liderar as pesquisas. "O Lula está seguindo seus impulsos, agindo com instintos, mas, numa dessas, pode até desistir, de tão inviável que pode se tornar seu nome", disse. Ele afirmou que vai conversar "com quase todos os setores, menos aqueles que nós sabemos que nunca mudarão o modo de pensar". Brizola iniciou as articulações para sua candidatura disposto a ampliar ao máximo seu leque de apoio. Os brizolistas citam uma frase de Lênin, líder da revolução socialista soviética, para justificar essa posição: "Não me interessa de onde vens, mas para onde vais." Colaborou Aziz Filho, da Sucursal do Rio. Texto Anterior: Só metade do PMDB aparece Próximo Texto: Ministro do Exército preside reunião no Rio; Burity pede presença do Exército na Paraíba; Polícia não identifica assassinos de jornalista Índice |
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