São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 1994
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Operação vai combater empresas fantasmas

ANDRÉ LOZANO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), a Polícia Federal do Amazonas e a Receita Federal anunciaram ontem a implantação do maior esquema de fiscalização de entrada e saída de mercadorias já realizado na Amazônia Ocidental desde a criação da Suframa (1967). A informação é do superintendente da Suframa, Manuel Rofrigues. A operação deve começar em março.
A inciativa faz parte do programa de combate às empresas fantasmas instaladas na Zona Franca de Manaus. A Polícia Federal descobriu um esquema de sonegação que pode ter causado o prejuízo de US$ 1 bilhão aos cofres públicos nos últimos cinco anos. A maioria das empresas é de São Paulo. A Suframa já afastou 12 funcionários acusados de envolvimento.
Mais de 120 pessoas, entre funcionários federais e policiais, estarão envolvidos. Rodrigues não quis revelar o custo. Segundo ele, a maior parte dos postos será montada em imóveis do governo federal que não estão sendo usados e não haverá contratação de novos funcionáros.
Sete pontos de fiscalização serão criados no Amazonas, Pará e Rondônia e ficarão ligados, via satélite, ao computador central da Suframa, em Manaus. O projeto inclui a instalação de uma delegacia flutuante do rio Amazonas.
Segundo Rodrigues, haverá postos de fiscalização em Guajará-Mirim (AM), Vilhena (RO), Ananindeua (PA), na BR-319 em Manaus e outros três em áreas de livre comércio dos três Estados. A delegacia flutuante ficará em Óbidos (PA). "Vamos vistoriar todo o fluxo de mercadorias que entram e saem da Amazônia", afirmou Rodrigues. Cada Central de Vistoria e Sinalização de mercadorias nacionais com destino à Amazônia Ocidental e Amapá será ocupada por funcionários da Suframa, da Receita Federal e da Polícia Federal.
Os funcionários da Receita farão a fiscalização e, os da Suframa, a administração dos produtos internados. Segundo o superintendente da Polícia Federal do Amazonas, Mauro Spósito, na delegacia flutuante trabalharão oito policiais federais, dois funcionários da Receita e dois da Suframa. Rodrigues disse que as mercadorias que entrarem em Manaus por via aérea serão fiscalizadas no aeroporto.

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