São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 1994
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Sonho dos artilheiros é jogar em times da capital

Cléber e Cacaio, com 3 gols, usam o 'Diabo' como vitrine

DA FOLHA NORTE

O centroavante Cacaio e o ponta-esquerda Cléber dividem a artilharia do América de São José do Rio Preto. Cada um já marcou três gols no Campeonato Paulista. Cacaio diz que, mais importante que marcar gols, é o "Diabo", como o time é chamado por seus torcedores, realizar uma boa campanha na competição deste ano, o que, segundo ele, renderia dividendos à imagem de todos os jogadores, favorecendo um bom contrato ou transferência para outro time no futuro.
"Não adianta fazer muitos gols e o time ser rebaixado", filosofa o atacante. Ele veio emprestado pelo Guarani de Campinas por US$ 25 mil. No ano passado, Cacaio atuou também por empréstimo no América e foi o artilheiro do clube, com 13 gols.
Já Cléber pretende fazer mais gols no Paulistão para chamar a atenção dos times grandes da capital no final do ano. "Preciso fazer mais dois gols no primeiro turno do campeonato para obter meu objetivo", planeja. Faltam seis rodadas para o término da primeira fase do Paulistão. No ano passado, Cléber foi vice-artilheiro do América, com nove gols.
Cacaio e Cléber têm características diferentes. Enquanto Cléber tem a velocidade e facilidade no drible como principais qualidades, Cacaio é o que se convencionou chamar de centroavante tradicional. "Sou de ficar mais fixo na área para aproveitar os rebotes", define.
Cléber, por sua vez, se caracteriza pela sua movimentação constante em campo. Ele é o chamado "falso" ponta-esquerda, figura tática que teve em Zagalo, nos anos 50 e 60, seu primeiro representante no futebol brasileiro.

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