São Paulo, quarta-feira, 23 de fevereiro de 1994
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Confusões com plano são inéditas

DA REPORTAGEM LOCAL

As confusões em torno das medidas do Plano FHC não são inéditas. Todos os planos econômicos tiveram problemas assim e, o que é mais importante, decisões foram tomadas no último momento. Já no primeiro plano da série, o Plano Cruzado de 1986, ocorreu os seguintes episódios, ambos envolvendo a polêmica questão dos salários:
Na véspera da divulgação do Plano, o então secretário de Economia, Luiz Gonzaga Belluzo, reuniu-se com a bancada do PMDB para explicar a fórmula de conversão dos salários. Explicou, por mais de três horas, e voltou ao centro de operações do Plano. Lá foi informado que a fórmula já não era aquela, mas outra inteiramente diferente.
A equipe econômica definiu que os salários seriam convertidos de cruzeiros para cruzado conforme o valor real médio dos últimos doze meses. Depois, por razões políticas, decidiu-se que o salário mínimo, depois de colocado na média, teria um acréscimo de 8%. E quando saiu o Plano, para surpresa da equipe, o adicional de 8% tinha sido aplicado a todos os salários. E o mínimo tinha ganho 16%. Até hoje ninguém sabe de onde sairam esses acréscimos.

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