São Paulo, quarta-feira, 23 de fevereiro de 1994![]() |
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Caso pode abalar relações
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
O secretário de Estado, Warren Christopher, chamou o encarregado de negócios da embaixada soviética em Washington, Vladimir Tchkhivichivili, para lhe entregar uma nota formal de protesto. Diplomatas dos dois países temem que o incidente possa ameaçar a continuidade da colaboração russa com os esforços de paz na ex-Iugoslávia e a ajuda econômica dos EUA à Rússia. A porta-voz da Casa Branca, Dee Dee Myers, afirmou que, embora os presidentes Clinton e Ieltsin tenham "boa relação pessoal", o governo dos EUA "não está gostando nem um pouquinho dessa situação" e vai ter discussões "muito sérias e diretas" com os russos. Clinton pediu a seu assessor de segurança nacional, Anthony Lake, relatório detalhado sobre as implicações do caso para o futuro da relação dos EUA com a Rússia. As mais recentes ocorrências de espionagem para a URSS por cidadãos americanos envolveram funcionários do governo dos EUA de grau hierárquico inferior. Em 1986, Ronald Pelton, ex-empregado da Agência de Segurança Nacional, foi condenado por vender informações de sinalização a Moscou. Em 1985, Edward Lee Howard, ex-funcionário da CIA, fugiu dos EUA quando estava sob investigação do FBI (polícia federal). Ele mora em Moscou e é acusado de ter revelado à KGB a identidade de agentes da CIA. Em 1985, John Walker Jr., suboficial da Marinha, confessou ter passado segredos militares aos soviéticos. Em 1980, David Barnett, agente da CIA na Indonésia, confessou ter dado informações a colegas soviéticos. (CELS) Texto Anterior: Igreja da Inglaterra aprova que se ordenem "mulheres padres" Próximo Texto: ONU evita represálias a violações dos sérvios Índice |
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