São Paulo, sábado, 26 de fevereiro de 1994
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Soul Asylum chega com músicas inéditas

HÉLIO GOMES
DA REDAÇÃO

O grupo Soul Asylum talvez seja o melhor exemplo da explosão do rock alternativo. A banda de Minneapolis conquistou os EUA com o disco "Grave Dancers Union" e pôs fim a um período de 11 anos obscuridade. Presença constante na programação da MTV e nas rádios, o grupo de caiu no gosto do público do resto do mundo.
Segundo o baixista Karl Mueller, que falou à Folha por telefone, o Soul Asylum é "uma banda para ser vista ao vivo". O público brasileiro poderá conferir essa afirmação nos três shows que a banda faz no país em março, ao lado dos australianos do INXS. Os shows acontecem no dia 10 no Rio, 11 em São Paulo e 12 em Curitiba. Os ingressos estarão à venda nas lojas C&A a partir do dia 1º, e custam CR$ 5 mil (Rio e Curitiba) e CR$ 6 mil (São Paulo).
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Folha - Como surgiu a idéia de fazer uma turnê ao lado do INXS?
Karl Mueller - Na verdade, eu nem conheço os membros da banda. Eles nos ligaram convidando para fazer alguns shows na América Latina e nós concordamos. Vamos nos encontrar com eles na semana que vem. Acho que eles são uma ótima banda e estou ansioso para conhecê-los. Nunca vi eles ao vivo, mas acredito que vamos acabar curtindo bastante.
Folha - Os shows aqui no Brasil serão iguais aos que vocês fizeram na última turnê?
Mueller - Provavelmente eles serão como os da turnê, mas adicionamos algumas coisas diferentes. O show tem muita coisa de "Grave Dancers Union" e algumas coisas dos discos anteriores. O Soul Asylum é uma banda para ser vista ao vivo. Gravamos discos para que as pessoas venham ver nossos shows, e não o contrário. Tocamos para 50 pessoas ou 50 mil pessoas. Temos escrito algumas músicas novas, então pode ser que toquemos coisas que ainda não foram gravadas. Nós gravamos algumas fitas, e provavelmente estaremos entrando no estúdio em meados de 94. Estamos nos preparando para isso tocando essas novas músicas nessa turnê para nos acostumarmos com elas, assim, quando voltarmos, estaremos prontos para as gravações.
Folha - Como são essas novas músicas?
Mueller - Dave e Danny escreveram algumas canções, que seguem a mesma linha do que fizemos no passado. Somos as mesmas pessoas, então a música não mudou tanto assim. Claro que vimos e ouvimos muitas coisas diferentes, mas não creio que o novo disco vai ser tão diferente assim. Estamos viajando muito, entào não tenho tido muito tempo para ouvir coisas novas.
Folha - Por onde passou a turnê de "Grave Dancers Union"?
Mueller - A turnê do disco durou 16 meses. Tocamos na Europa três vezes e excursionamos pelos EUA umas quatro vezes. A turnê que começa na semana que vem deve passar pela América Latina, pelo Japão e mais uma vez pela Europa. Agora só falta tocar na Austrália e na Ásia.

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