São Paulo, sábado, 26 de fevereiro de 1994 |
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Colonos ficam indiferentes
MARJORIE OLSTER
Questionado sobre se condenava o massacre, o líder dos colonos, Noam Arnold disse: "Não se pode tirar o episódio da chacina de fora do contexto. Ontem mesmo, rezávamos na mesquita e os árabes gritavam 'massacrem os judeus"'. "Eu culpo o governo pelo derramamento de sangue de judeus. Nós avisamos que isso poderia causar um contra-ataque. Espero que sirva de lição e que o governo pare de colaborar com o inimigo, para que os judeus possam rezar aqui sem ter medo", disse Arnold. Sem mostrar preocupação, um grupo de cerca de 30 estudantes do seminário do complexo da mesquita ficou ao sol comendo e conversando com os soldados israelenses que isolavam o local. Riam, abraçavam os soldados. Sem demonstrar remorso. Todos armados de metralhadoras, alguns com o dedo no gatilho. A cidade de Hebron é considerada, há 20 anos, uma das capitais do extremismo israelense. Os colonos andam com metralhadoras ao ombro. São acusados por constantes agressões contra os palestinos e destruição de suas propriedades. Para os colonos, Israel deve englobar os territórios ocupados, de acordo com a promessa de Abraão. Pela tradição, o patriarca está enterrado no centro da cidade e sobre seu túmulo está a mesquita Ibrahim. Texto Anterior: Israelense chacina palestinos em mesquita Próximo Texto: Agora OLP teme 'Jihad' Índice |
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