São Paulo, segunda-feira, 28 de fevereiro de 1994 |
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Brooklin vive clima tenso
FERNANDA GODOY
A delicada situação dos moradores do Brooklyn é compreensível. As vizinhanças de Borough Park e Flatbush, de onde saem muitos emigrantes para Israel, também abrigam vastos contingentes de árabes e imigrantes muçulmanos. A convivência é tensa. Na mesma porção leste do Brooklyn, Crown Heights tem uma explosiva mistura de judeus ortodoxos e negros. Ontem, dois dias após o mais grave confronto nos territórios ocupados desde a guerra de 1967, o ambiente era de aparente tranquilidade no Brooklyn. Quase todas as entidades pró-israelenses baseadas nos EUA condenaram o ataque e não houve manifestações, pró ou contra. Com um frio de dez graus negativos, poucas pessoas se aventuravam na rua. Samuel Greenberg, judeu ortodoxo, lia as manchetes com a repercussão dos conflitos em uma banca de jornais. "Acho que o que está acontecendo é mau para todos. É assustador pensar nas represálias que poderão vir", disse Greenberg, que mora a poucas quadras de onde Benjamin Goldstein nasceu. Goldstein era de família ortodoxa, de classe média, e é descrito pelos antigos vizinhos como "inteligente e quieto". Texto Anterior: Países árabes rompem diálogo com Israel Próximo Texto: Colonos enterram assassino como herói Índice |
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