São Paulo, quarta-feira, 2 de março de 1994 |
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Uso de computador em hospitais pode economizar US$ 36 bi ao ano nos EUA
MARINA MORAES
Atraso Os hospitais norte-americanos, superequipados com alta tecnologia para fazer exames, cirurgias e tratamentos, estão cerca de dez anos atrás do resto da indústria do país em termos de informatização. A indústria médica investe apenas 1% do seu orçamento em tecnologia de informação, enquanto os bancos desembolsam uma média de 10%, as companhias de seguro 7%, as fábricas 5%. Aparentemente, o sistema de saúde é o único serviço do país que ainda conserva seus arquivos em papel. Por esta razão, médicos e enfermeiras passam mais de 50% do seu tempo envolvidos em atividades burocráticas e apenas 35% atendendo pacientes. Mudanças Tudo indica que esse quadro muito em breve será diferente. Espremidos pela concorrência e pressionados pelas seguradoras de saúde, os hospitais, clínicas e laboratórios estão procurando formas de serem mais eficientes e econômicos na área burocrática, de papelada. Ao mesmo tempo, os novos computadores estão permitindo que a informação vá onde o médico for. Computadores portáteis acompanham os médicos dentro e fora dos hospitais. Os sistemas de videoconferência, cada vez mais acessíveis, possibilitam a consulta a distância e o exame de testes sem que os pacientes precisem ser removidos. Os computadores podem, inclusive, manter alguns pacientes em casa, o que garante menos gastos para os doentes e para o sistema de saúde. No Estado de Massachussets, a New England Medical está testando um projeto de multimídia desenvolvido pela IBM e instalado nas residências de um grupo de crianças com câncer. O sistema interativo indica aos pais como cuidar das crianças, inclusive para fazer exames de sangue. Se o resultado de um exame for alarmante, o sistema alerta imediatamente o médico responsável. Investimentos Acredita-se que a indústria médica poderá se tornar rapidamente o mercado de maior crescimento na área de computadores. Calcula-se que até 1998 os hospitais americanos estarão gastando cerca de US$ 13 bilhões ao ano em sistemas de informatização. A IBM e a Digital Equipment já têm contratos volumosos acertados para os próximos anos com grandes grupos hospitalares e a Hewlett-Packard, maior fabricante de equipamento médico do mundo, acaba de montar um sistema de saúde que pretende informatizar cada centímetro dos hospitais do país. Texto Anterior: DISPUTA; TECNOLOGIA Próximo Texto: Compton's promete CDs brasileiros Índice |
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