São Paulo, sexta-feira, 4 de março de 1994
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Discografia do Black Sabbath sai em CD

DA REDAÇÃO

Finalmente chega ao Brasil os CDs do grupo inglês Black Sabbath. A façanha é da gravadora Eldorado, que já lançou quatro álbuns: "Paranoid" (1970), "Black Sabbath Vol 4" (1972), "Sabbath Bloody Sabbath" (1973) e a coletânea "Forever". Ainda neste semestre a gravadora promete completar a coleção, lançando "Black Sabbath" (1970), "Master of Reality" (1971) e "Sabotage" (1975).
Apesar de o crítico inglês Lester Bangs ter se inspirado no Led Zeppelin para criar o termo heavy-metal, foi o Black Sabbath que estabeleceu os parâmetros sonoros e estéticos do estilo considerado como último reduto da rebeldia no rock. Formado no fim dos anos 70 por Ozzy Osbourne nos vocais, Tony Iommi na guitarra, Geeze Butler no baixo e Bill Ward na bateria, em Birmingham, Inglaterra, o Black Sabbath misturou temas satânicos com guitarras elevadas à máxima potência.
A coletânea "Forever" foi compilada no Brasil, transformando-se em um item para colecionadores e reúne os melhores momentos da banda, ainda com sua formação original e histórica. Nela você encontra 13 músicas de vários discos, entre elas "Sweet Leaf" e "Sympton of the Universe". Sem dúvida, "Forever" é uma excelente oportunidade para os não-iniciados conhecerem as várias fases do trabalho do grupo.
O álbum "Paranoid", contém "Iron Man" e "Electric Funeral", faixas que hoje têm seus riffs cantados pela dupla Beavis & Butt-Head –personagens de um desenho animado que rola na MTV americana– nos momentos em que eles vibram após maldades bem sucedidas. "Black Sabbath Vol 4", da melosa faixa "Changes", também vale pelas barulhentas "Wheels of Confusion" e "Tomorrow's Dream".
"Sabbath Bloody Sabbath", que conta com a participação de Rick Wakeman, do Yes, nos teclados, faz ossos tremerem com a faixa-título e "Killing Yourself to Live". Quem teme a maldição do Black Sabbath não ficará indiferente aos altos índices de decibéis ao alcance na loja mais próxima.

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