São Paulo, sábado, 5 de março de 1994 |
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Investidores externos voltam para as Bolsas
DA REDAÇÃO As Bolsas de Valores voltaram a se animar ontem. O índice da Bolsa paulista subiu 6,5% e o da carioca, 6,1%.O governo acalmou o mercado de capitais ao fixar "em zero" a alíquota do IOF incidente sobre o capital estrangeiro em operações em Bolsa, através da portaria nº 111. Foi bem recebida também pelas Bolsas a declaração do diretor do Banco Central, Gustavo Franco, de que "o mercado de capitais será o último a ser atingido". De qualquer forma, paira sobre as Bolsas a possibilidade de que o IOF sobre o capital estrangeiro seja aumentado a qualquer momento para até 25%, se houver a necessidade de política econômica de segurar a entrada de recursos estrangeiros no país. Os investidores estrangeiros ficaram praticamente ausentes da Bolsa no dia anterior. Ontem, voltaram a realizar compras de ações. O volume de negócios na Bolsa paulista saltou de US$ 247,04 milhões no dia anterior para US$ 433,85 milhões ontem. Ontem, pela primeira vez neste mês, houve negócios com IGP-M na Bolsa de Mercadorias & Futuros. O mercado projetou inflação para este mês de 41,30%. No mercado futuro, o custo do dinheiro foi estimado para este mês em 44,74%, ou seja, 2,43% reais no mês. A expectativa é de alta nominal do juro para abril (45,75% no mês). O Banco Central balizou o mercado aberto com taxa/over de 48,92%, o que projeta um custo do dinheiro de 42,74%. A estimativa de 44,74% de custo do dinheiro no mercado futuro indica que há uma expectativa de alta na taxa/over até o final do mês. O BC divulgou ontem o edital do leilão de BBCs para a próxima terça-feira, sendo que 5,0 bilhões de papéis com vencimento entre 28 e 56 dias. (Rodney Vergili) JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 1,546% no dia 2, o que projeta 40,19% para o mês. Segundo a Andima, a taxa/over foi ontem de 48,92% ao mês, o que significou rendimento diário de 1,63%, projetando rentabilidade de 42,74% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros oscilaram entre 48,89% e 48,92% ao mês por um dia. CDB e caderneta As cadernetas que vencem hoje rendem 38,5593%. CDBs prefixados negociados ontem: de 4.030% a 4.100% ao ano para 31 dias. Os CDBs pós-fixados de 90 dias: 21% a 24,0% ao ano mais a variação da TR. Empréstimos Empréstimos por um dia (""hot money") contratados ontem: de 48,95% a 49,00% ao mês. Para 31 dias (capital de giro): de 4.200% a 4.300% brutos ao ano. No exterior Prime rate: 6%. Libor: 4,0625%. AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 6,5%, fechando com 11.140 pontos e volume financeiro de CR$ 294,072 bilhões, contra CR$ 164,896 bilhões no dia anterior. Rio: alta de 6,1% (I-Senn), fechando com 41.069 pontos e volume financeiro de CR$ 27,755 bilhões, contra CR$ 113,608 bilhões no dia anterior. Bolsas no exterior O índice Nikkei na Bolsa de Tóquio fechou com 19.996,00 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 677,800 (compra) e CR$ 677,820 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 667,494 (compra) e CR$ 667,506 (venda). "Black": CR$ 658,00 (compra) e CR$ 665,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 661,00 (compra) e CR$ 665,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 640,00 (compra) e CR$ 665,00 (venda), segundo o Banco do Brasil. O grama de ouro na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) registrou alta de 1,18%, fechando a CR$ 8.145,00. A BM&F movimentou ontem 2,83 toneladas, contra 3,41 toneladas no dia anterior. No exterior Em Nova York, a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 377,60, contra US$ 377,30 no dia anterior. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para março ficou em 44,74%; 45,75% para abril e 39,03% para maio. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para abril ficou em 18.121 pontos, projetando uma lucratividade de 38,31% ao mês. No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial para março ficou em 42,41% e para abril em 38,31%. Texto Anterior: Uso foi incorreto, diz empresa Próximo Texto: Economista teme controle de preços Índice |
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