São Paulo, domingo, 6 de março de 1994 |
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Júnior Baiano volta à 'escola' com Telê
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
Como seu antecessor na posição, Ronaldo, Júnior terá que reaprender seu futebol. Hoje ele tem a chance de mostrar seus novos talentos. "Tenho procurado corrigir as minhas falhas nos treinos e seguir as orientações do técnico", disse Júnior quando ficou sabendo que estava escalado no lugar de Gilmar. O discurso mostra que a primeira lição já foi aprendida: deixar a presunção de lado. Quando chegou ao São Paulo e o técnico ainda era Muricy, Júnior afirmava decidido: "Não vou mudar minha maneira de jogar. Me contrataram para eu fazer o que fazia no Flamengo". Logo depois da posse definitiva de Telê, Júnior começou a receber comentários ácidos do técnico: "Ele brinca com a bola na defesa" ou "demora muito com a bola atrás, dá tempo para a defesa adversária se arrumar". Acabou vetado, após a zaga sob seu comando sofrer seis gols no coletivo de antes do jogo contra o Palmeiras, sábado retrasado. Ainda rebelde, afirmou "que técnico não devia levar jogo-treino em consideração". Após o sucesso da equipe no domingo, Telê manteve Júnior no banco. No entanto, Gilmar levou o terceiro cartão amarelo. Quando soube que iria jogar, Júnior demonstrou surpresa. "Não sabia que o Gilmar estava pendurado", disse. Voltando ao dia do veto, o zagueiro afirmava não ter esperanças de "ser escalado de novo". Outra lição que ainda não aprendeu: no São Paulo, ser titular ou reserva não significa muito. Uma das lições que Júnior terá que usar hoje é para jogadas de escanteio. Ao contrário do que fazia no Flamengo, onde esperava a bola no segundo pau, no São Paulo Telê o quer no primeiro. "Ele tem uma grande estatura e deve usar isso para surpreender os zagueiros, em vez de esperar a bola", explicou o professor. (JHM) Texto Anterior: 'Time precisa cumprir leis' Próximo Texto: Portuguesa e América duelam por 4 pontos Índice |
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