São Paulo, domingo, 6 de março de 1994 |
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Marionetes levam conto de fadas ao palco
MÔNICA RODRIGUES COSTA
O enredo não pertence ao repertório mágico, religioso ou folclórico que caracteriza o teatro de títeres. Também não há tipos da "Commedia dell'Arte", como o Polichinelo ou a Colombina. Mas a trama é simplificada, típica da arte de representar com bonecos. Trata-se de uma versão de um conto de fadas clássico que contém a estrutura tradicional "reino mais bruxa mais obstáculo mais solução mágica mais final feliz". É divertido para as crianças menores e uma boa oportunidade de lhes mostrar essa arte popular tão antiga. A narração e a trilha sonora (de Santana) são gravadas, mas compreensíveis. Um rei dorminhoco tem uma filha que adora passear, a princesa Imyra. Um dia, chega ao reino uma bruxa, para construir um castelo e nele fazer prisioneiros príncipes e princesas. O príncipe Gabriel vem dar essa notícia ao rei. A princesa fica desconsolada. O rei sugere que Imyra dance para o tempo passar depressa, até que a bruxa seja aprisionada e ela possa voltar a passear. Enquanto isso, a bruxa captura o príncipe. Ela o transforma no Fantasma Vermelho –o que dá ao personagem uma característica cômica. Mas ninguém sabe dessa notícia no reino e a princesa resolve retomar os passeios. Nova captura. E, bom, no castelo acontece a peripécia final, seguida do desenlace. Príncipe e princesa arquitetam um plano, fogem do castelo, desfazem o encanto e tudo acaba bem. Ainda que a história não traga ao palco um enredo original, os bonecos (confeccionados por Santana) e os cenários (de Teresa Lima, Dora e Santana) são bonitos, atraentes, mais estimulantes do que a própria história. O espetáculo é bem encenado e desperta a imaginação. A atmosfera dá a impressão de que o espectador assiste à peça em uma feira nordestina num tempo de antigamente. Peça: A Princesa Imyra e o Fantasma Vermelho Direção: Sálvio Santana e Isaias José Elenco: Teatro de marionetes manipuladas por Sálvio Santana e Paulinho Meira (Companhia Panos e Fios) Vozes: Eduardo Fortunato, Cléo Morais e outros Onde: Teatro Taib (rua Três Rios, 252, tel. 227-9719) Quando: Sábados, às 17h Quanto: CR$ 1.500,00 Próximo Texto: Teatro cheira a mofo Índice |
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