São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Desfigurações de Flavio-Shiró

FERNANDA PEIXOTO MASSI

É praticamente impossível contar a história das artes plásticas no Brasil sem mencionar a presença estrangeira. Dentre eles, os japoneses são vários, fizeram escola.
Flavio-Shiró (1928) está entre os artistas nipo-brasileiros mais conhecidos e respeitados.
Migrante precoce, Shiró passou pela Amazônia, São Paulo e Rio de Janeiro. Na década de 40, iniciou suas atividades artísticas, tendo sido um dos mais jovens artistas a participar da exposição "19 Pintores", ao lado de Maria Leontina, Lothar Charoux, entre outros, realizada em 1947.
A convivência com o Grupo Santa Helena pode ser pinçada em seus primeiros trabalhos.
Em 1953, Flavio-Shiró mudou-se para Paris, onde reside até hoje, e passou a trabalhar em sintonia com o expressionismo abstrato.
A partir da década de 60, a figuração voltou as suas telas, só que "subvertida" pela experiência anterior. Seus personagens dilacerados, em pedaços, estão acompanhados por um drama explícito, que o artista faz questão de sublinhar através de cores intensas e da mescla figura/fundo.
Nos anos 70, a figura é colocada num contexto mais discreto, sai da centralidade da tela.
Trajetória/50 Anos de Pintura de Flavio-Shiró.
Masp. Av. Paulista, 1578, 2.º andar, Cerqueira César, região central. Tel. 251-5644. Terça a sexta: 13h/17h. Sábado e domingo: 14h/18h. Ingressos: CR$ 700. Abertura: quinta, 10.

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