São Paulo, domingo, 6 de março de 1994
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Nível de emprego se mantém no período

DA REPORTAGEM LOCAL

A análise dos indicadores Folha-Sebrae revela que o número de pessoas ocupadas nas micro e pequenas indústrias, em crescimento no primeiro semestre de 93, vem diminuindo ligeiramente desde meados do ano. Agosto (-0,16%) e setembro (-1,17%) iniciaram a queda.
Em outubro houve uma reversão, com alta de 0,20% no pessoal ocupado, que não se sustentou em novembro (-0,36%), dezembro (-1,7%) e janeiro deste ano (-1,6%). A mão-de-obra ocupada na produção fechou o período janeiro de 93/janeiro de 94 com crescimento de 3,8%. A mão-de-obra total teve alta de 0,12%.
Gláucia Vasconcelos, supervisora da área de pesquisa e desenvolvimento do Sebrae Nacional, diz que todo o segmento industrial tem se esforçado para melhorar a competitividade, reduzindo custos e gastos com mão-de-obra. Daí a queda no número de empregados diante da elevação na produção apurada ao longo do ano.
Na análise das regiões metropolitanas pesquisadas, há grande oscilação em relação ao pessoal ocupado. Recife aparece como a região que mais contratou em janeiro na comparação com dezembro. O pessoal ocupado no total das pequenas indústrias cresceu 4,2%, sendo que para os trabalhadores ligados à produção houve um aumento de 6,1% no emprego.
O pior desempenho foi registrado por Belo Horizonte, com queda de 2,9% na mão-de-obra total e idênticos 2,9% no pessoal da produção. Em São Paulo, o número total de trabalhadores da micro e pequena indústria diminuiu 1,9% em janeiro.
Por setores, as indústrias de vestuário mostraram os piores números na comparação de janeiro deste ano com o mês anterior. O total de empregados caiu 2,5% e o pessoal ocupado na produção diminuiu 3,2%.
As indústrias do setor de madeira foram as que mais contrataram, com alta de 0,7% na mão-de-obra total e 2,1% no pessoal ocupado na linha de produção. Segundo Michel Bechara, técnico do Sebrae Nacional, a contratação, de acordo com os indicadores, ocorreu mais na faixa de funcionários não-especializados, que ganham até dois salários mínimos.

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