São Paulo, quarta-feira, 9 de março de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Real deve circular com valor igual a US$ 1
FRANCISCO SANTOS
Foi a primeira vez após a criação da URV que alguém do governo admitiu a paridade um para um entre o dólar e o real. Lobo chegou a dizer que essa relação estava prevista na Medida Provisória 434. Ao ser alertado por uma jornalista que isso não ocorria, o presidente da Casa da Moeda emendou:"O governo está praticamente atrelando o real ao dólar. Se isso vai prosseguir, não sei". Para o presidente da Casa da Moeda, é pouco provável que a troca de todo o meio circulante do país ocorra em um só dia. Ele disse que deve haver convivência do real e do cruzeiro real por um determinado período, conforme prevê o parágrafo 2º do artigo 3º da Medida Provisória 434. Ainda esta semana, segundo Lobo, a comissão que trata da importação de cédulas de real vai se reunir com representantes dos fornecedores estrangeiros para tratar da compra. Aos fornecedores da Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos, Japão e Suécia, que já haviam sido contatados, foram chamados para a reunião também uma empresa do Canadá e a Casa da Moeda da Argentina. A quantidade de cédulas importadas dependerá do prazo que o governo tenha para colocar o real no mercado. A capacidade de produção da Casa da Moeda é de 400 milhões de cédulas por mês e a média brasileira, segundo Danilo Lobo, é de 12 a 13 cédulas por habitante, o que dá um total próximo a 2 bilhões de cédulas. A previsão é que a importação chegue a 1,5 bilhão de cédulas. Aos preços cobrados pela Casa da Moeda (US$ 40 o milheiro), isso daria US$ 60 milhões. Texto Anterior: Decreto vai definir a privatização do setor elétrico Próximo Texto: Impressão começa este mês Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |