São Paulo, quarta-feira, 9 de março de 1994
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Fleury entra em confronto com Executiva

KENNEDY ALENCAR
DA REPORTAGEM LOCAL

A Executiva paulista do PMDB e o governador Luiz Antônio Fleury Filho entraram em confronto para indicar o candidato do partido ao governo de São Paulo. A Executiva propõe uma prévia. Fleury rejeita e quer controlar pessoalmente a indicação. O PMDB tem três pré-candidatos oficiais: o deputado estadual Barroz Munhoz e os ex-secretários estaduais Michel Temer e Alda Marcoântonio.
Numa reunião da Executiva anteontem, o deputado federal Ary Kara, ligado a Fleury, disse que considerava "inoportuna" a prévia. A Executiva entendeu isso como um recado "exagerado e estranho" do governador, que quer "submissão" à sua escolha.
A pressão de Fleury, feita também através de telefonemas aos pré-candidatos e membros da Executiva, fez com que a direção estadual recuasse. Havia sido aprovada a realização da prévia, mas depois decidiram formar uma comissão que estudará critérios para sua viabilização. Os três pré-candidatos oficiais concordam com a prévia, mas não querem melindrar Fleury e dizem que desejam obter a indicação com o apoio do governador.
Na Executiva, avalia-se que os pré-candidatos não têm densidade eleitoral suficiente para garantirem a indicação sem disputa interna. Um dos membros da Executiva tem uma pesquisa sobre o nome ideal do PMDB. O levantamento, feito com 2.000 eleitores da Grande São Paulo, traz o deputado estadual João Leiva com 25%, o vice-governador Aloysio Nunes Ferreira com 16%, Michel Temer com 4% e Barros Munhoz com 2%. Aloysio e Leiva dizem que não são candidatos.

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