São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 1994 |
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Editor acusa filme de farsa
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
Segundo S.E. Castan (é assim que ele assina seus livros), o filme "A Lista de Schindler" está cercado de uma "propaganda que distorce a história com o objetivo de perpetuar a farsa". Ele disse que leu o livro e pretende ver o filme. Dizendo-se pesquisador do assunto há 30 anos, Castan declara que o filme de Steven Spielberg "é uma farsa que estão empurrando ao mundo" Conforme o editor, Schindler era "testa-de-ferro" de judeus poloneses, que lhe deram dinheiro para controlar uma fábrica que passou a empregar prisioneiros com o conhecimento dos alemães. "A fábrica produzia munição para os alemães, que tinham o controle técnico de tudo." Castan, recorrendo à ironia, diz que Spielberg é conhecido realizador de filmes de ficção. "Por que não aparecem os alemães que trabalharam na fábrica? Ainda deve haver sobreviventes", declara. O editor, que diz já ter visitado diversas vezes os locais onde ficaram os principais campos de concentração, afirma em seus livros que "nunca houve câmara de gás", nem foram seis milhões os judeus mortos pelo nazismo. Descendente de alemães, Castan disse que começou a estudar o assunto porque "achava impossível a farsa ter ocorrido". Ele disse que "encheu o saco" de ver no cinema, quando era mais jovem, filmes envolvendo as atrocidades alemãs. "Quando uma coisa é verdadeira, não precisa repetir tanto", afirmou. Desconfiado, ele decidiu pesquisar a história e tenta difundir suas conclusões. Texto Anterior: Sobreviventes aprovam recriação do drama Próximo Texto: Museu preserva memória da barbárie do século Índice |
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