São Paulo, sábado, 12 de março de 1994
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Mulher tentou impedir chacina

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A mulher de Baruch Goldstein pediu que soldados detivessem seu marido 20 minutos antes de ele massacrar dezenas de palestinos na Tumba dos Patriarcas, local sagrados para judeus e muçulmanos em Hebron (Cisjordânia ocupada). Segundo reportagem da revista israelense }Shishi, Myriam Goldstein disse ter achado o comportamento do marido }muito estranho.
Ao amanhecer de 25 de fevereiro, ele disse à mulher que ia rezar na Tumba dos Patriarcas, mas não levou seu manto de oração. Ela pediu ao oficial de guarda na colônia de Kiryat Arba que detivesse seu marido. Myriam, segundo a revista, imaginou que Baruch Goldstein ia cometer }uma loucura.
}Detenham-no antes que seja tarde. Eu suplico, disse Myriam. }Eu a encontrei muito nervosa e confusa. Não entendi o que queria. Tentei contactar o telefone celular do jipe de seu marido, mas ninguém respondeu, explicou o ofical. O militar, identificado como Edelstein, não considerou necessário alertar os guardas da Tumba dos Patriarcas.
Segundo a versão israelense, Baruch Goldstein entrou na mesquita localizada dentro da Tumba dos Patriarcas e disparou pelo menos 110 balas contra fiéis muçulmanos. O Exército diz que 29 muçulmanos morreram e os palestinos falam em 30 mortos.

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