São Paulo, domingo, 13 de março de 1994
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China ataca os EUA e prende três jornalistas

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo da China acusou o subsecretário de Estado norte-americano para Direitos Humanos, John Shattuck, de "violar as leis do país" ao reunir-se há uma semana, em Pequim, com o dissidente chinês Wei Jingsheng. No primeiro dia de reuniões entre o secretário de Estado Warren Christopher e líderes chineses, a polícia prendeu em Pequim três jornalistas ocidentais, dois deles americanos.
"Quisera eu que a reunião tivesse sido tão boa como o almoço", teria dito Christopher ao chanceler chinês, Qian Qichen, depois de quatro horas de discussões em que os direitos humanos foram o tema principal. A mensagem central do secretário ao regime comunista chinês nessa visita, iniciada anteontem, é que a China perderá o status de "nação mais favorecida" no comércio com os EUA se não houver "melhoras significativas" no respeito aos direitos humanos.
"A China jamais aceitará o conceito dos EUA quanto a direitos humanos. A história demonstra que é fútil tentar pressionar a China", disse Qian, acrescentando que "os EUA vão perder sua fatia do grande mercado chinês" se o status do país for rebaixado.
Três jornalistas ocidentais foram detidos em Pequim quando tentavam entrevistar dissidentes políticos chineses: a correspondente do jornal holandês "De Volkskrant" e correspondentes da revista norte-americana "Newsweek" e da agência "UPI". Os três foram liberados depois de algumas horas.

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