São Paulo, segunda-feira, 14 de março de 1994
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Homossexualismo é doença?

FLÁVIA QUEIROZ

É extremamente preconceituoso afirma que o homoxessualismo é uma doença. É dada maior importância aos estereótipos e à marginalização ao assunto ao que seu conhecimento psicológico ou o entendimento do mesmo.
A sociedade criou e dividiu radicalmente arquétipos onde o homem é o machão que "come todas" e "não chora" e a mulher é o frágil ser que tem os filhos e cuida das panelas. Assim foi, assim é e, talvez, assim será.
Em geral, temos uma tendência a distanciar "certos assuntos" da nossa própria realidade. Não percebemos que cruzamos com vários homoxessuais na rua e nem nos importamos, pois o que vemos são suas máscaras de "cidadãos normais". E pior, se descobrirmos, depois de algum tempo, que um amigo é homoxessual, somos obrigados indiretamente a nos afastar dele ignorando toda a amizade e tudo aquilo que trocamos de bom até aquele momento.
Em geral, não tentamos conviver com os valores novos e logo rotulamos tudo, como no caso: taxar o homoxessualismo como uma doença.
Vivemos num período de transição onde há um grande choque de geração num conflito intenso entre o novo e o velho. É preciso relembrar ao homoxessualismo como um sentimento também. Não sou tão idealista paar achar que o mundo pode se rehumanizar em alguns dias, mas me incomoda muito saber que as pessoas são as mesmas que as de cem anos atrás.
Não penso num mundo imaginário onde o homoxessualismo, por exemplo, seja uma filosofia de vida, penso num mundo real onde as pessoas se respeitem mais e parem de criar pré-conceitos.

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