São Paulo, terça-feira, 15 de março de 1994
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Comprador foge da URV em leilão de andaluz

DA REPORTAGEM LOCAL

O primeiro leilão de cavalos de raça da fase pós-Plano FHC repetiu o ocorrido em planos anteriores. Numa primeira fase, o mercado costuma reagir bem.
No Palace (zona sul de São Paulo), o 12º Leilão Oficial de Andaluz vendeu 32 animais, entre machos e fêmeas importados e nacionais, por CR$ 85,6 milhões e alcançou média de CR$ 2,7 milhões (US$ 3,8 mil).
A Federação Brasileira do Cavalo Andaluz, presidida pelo publicitário Eduardo Fischer e sediada em São Paulo, considerou bons os resultados do pregão.
"Trabalhamos dentro de novas regras de mercado e conseguimos colocar toda a oferta, o que é muito importante", afirma Glauco Padalino, gerente da Federação.
A URV, o novo indexador da economia, foi usada pela primeira vez numa venda de equinos.
Nilson Genovesi, o leiloeiro, anunciou no início as condições de pagamento. "URV é dólar, portanto é moeda forte. Os compradores poderão pagar os cavalos em 10 parcelas corrigidas pelo novo indexador, sendo três no ato e as sete restantes a cada trinta dias".
Havia ainda as opções de pagar a prazo em cruzeiros reais ou à vista. O comprador daria 40% no ato da compra, mais duas parcelas de 30% cada uma, dentro de 60 dias, no caso de pagamento parcelado. Para pagamento à vista, os vendedores concederam descontos entre 20% e 25% por animal.
Mesmo acreditando no Plano FHC, conforme várias manifestações feitas no Palace, os criadores preferiram deixar de lado os pagamentos parcelados. A maioria dos compradores pagou seus cavalos à vista. Um único comprador fez opção pela URV.
A égua Imperadora, de março de 90, saiu por CR$ 15 milhões (US$ 21,4 mil), maior preço. Foi comprada pelo haras Pégaso, de Araçoiaba da Serra (SP).

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