São Paulo, sexta-feira, 18 de março de 1994 |
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FMI achou prematuro fechamento do acordo
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Toda a parte fiscal do plano pareceu não muito consistente para os economistas do Fundo. Também restam dúvidas sobre a viabilidade das medidas contra a inflação. O Fundo não poderia acertar um acordo com o Brasil antes que metas específicas de desempenho fossem fixadas e, como disse FHC em Washington, o governo brasileiro não acha conveniente fazer isso agora. Mas também houve considerações de ordem política na decisão do Fundo. O FMI quer saber se Fernando Henrique Cardoso continua ministro ou não. Em caso negativo, é importante saber o nome do sucessor e a extensão do seu compromisso com o programa econômico. O Fundo também prefere esperar o fim da reforma constitucional para ter elementos mais confiáveis sobre as possibilidades de êxito do plano do governo. Dadas as condições, a nota do FMI sobre o Brasil foi positiva para o governo e para o ministro Fernando Henrique Cardoso. A ausência do acordo e, em consequência, dos recursos necessários para o país dar garantias à reestruturação de sua dívida com os bancos particulares, foi compensada por uma retórica que não deixa margem a dúvidas sobre o apoio do Fundo ao programa econômico do governo brasileiro. Texto Anterior: Bancos devem aceitar proposta Próximo Texto: Real vem através de uma nova MP Índice |
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