São Paulo, sexta-feira, 18 de março de 1994
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Goldstein teve ajuda em chacina, dizem soldados

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Dois militares israelenses que estavam de guarda no dia do massacre de Hebron afirmaram em depoimento que um segundo colono entrou na Tumba dos Patriarcas cerca de cinco minutos depois de Baruch Goldstein. Esta versão contradiz a até agora sustentada por Israel, segundo a qual Goldstein agiu sozinho. Eles também afirmaram ter disparado pelo menos quatro tiros na mesquita.
Segundo o sargento Kobi Yosef e o soldado Niv Drori, o segundo homem estava carregando o fuzil Galil, a arma do crime. Yosef afirmou não conhecer o outro colono. Não souberam dizer se ele entregou a arma ou o que fez depois.
Ontem, Mais dois palestinos foram mortos e outros 30 feridos em confrontos com soldados israelenses nos territórios ocupados de Gaza e da Cisjordânia.
Em entrevista à rádio do Exército de Israel, o premiê israelense, Yitzhak Rabin, criticou a presença dos cerca de 400 colonos judeus na cidade de Hebron. "Estes assentamentos são burros do ponto de vista da segurança." Mas ele voltou a rejeitar seu desmantelamento.

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